23.12.08

breakdown.

Acontece com todo mundo e eu não quero falar demais sobre isso. Mas sempre chega o momento do: "meu, que caralhos eu tô fazendo aqui? eu poderia tá em casa, de férias, mas não, eu tô aqui".

E é, eu tô aqui.
Lavando meia suja de Mariacchi, escovando o Pluto e guardando o vestido da Cinderella. I mean, pra que, sabe? Eu tô tendo que acordar 4hs da manhã, sacrificando minhas férias com família e namorado, ficando em pé por 8hs seguidas carregando coisas pesadas e sendo tratada igual a lixo retardado pra ganhar quase nada.

Hoje eu quis voltar pra casa. Ainda quero, mas depois do primeiro breakdown as coisas tendem a melhorar. Na verdade, o Natal só torna tudo mais difícil. Eu nunca passei um Natal que seja longe da minha família e é foda, porque tá cheio de gente na casa da minha mãe e eu queria muito estar lá também.

Eu escrevi sobre saudade, não vou me repetir.
Don't get me wrong, crianças, eu não vou voltar pra casa. Preciso provar por a+b que eu não vou desistir em um mês. Não vou dar esse gostinho pra ninguém. É, em parte é pura teimosia mesmo. Não quero dar o braço a torcer. Até porque o Baloo pesapracaralho e eu tô toda dolorida.
Por dentro e por fora.

Mas tem coisas e pessoas que fazem a gente melhorar o dia simplesmente por estarem aqui, quando muita gente mal se importa, embora eu me importe muito com elas.
É a tal da vida.

Então o negócio é a filosofia do A.A.: um dia de cada vez.

Hoje eu quis quero voltar pra casa.
Só por hoje eu não vou voltar pra casa.

19.12.08

unifor desce!

Eu ia escrever sobre o trabalho. Sobre as exaustivas-porém-divertidas horas de trabalho.
Mas não, vamos falar de putaria.

Putaria, como todo bom cearense (ou agregado de lá) sabe, não quer dizer o ato de, hm, putariar em si, mas de desmantelo. E como desmantelo só presta grande, cearense aqui só anda em bando. O que, devo dizer, deve ser o pesadelo de todos os motoristas de ônibus da American JustificarCoach, que é a empresa que leva a gente a todos os lugares aqui.

Isso porque a gente acha que ônibus lotado é coisa de excursão e excursão merece música trash cantada a plenos pulmões.

E os chineses adoram, a pior parte é isso.

A gente lá na maior "toda veeez que eu chego em casa, a barata da vizinha tá na minha cama... Diz aí Luquinhas que cê vai fazer?". Porque, óbvio, tem que ter essa. Além de "na casa do Senhor não existe Satanás!" e "é é é, eu acho que o bagulho é de quem tá de pé-é!".

E os chineses super curtindo, morrendo de rir e balançando a cabeça no ritmo.
Porque se tem uma coisa aqui que tem (quase) mais que brasileiro é chinês, viu? Meldels.

E se essa porra não virar, olê, olê, olá, eu cheeego lááá!

Daí, quando tá chegando perto de onde a gente tem que descer e/ou o ônibus tá muito lotado, começa a clássica lembrança da (não) saudosa topic 55 e "UNIFOR, DESCE!" e cangalhices do gênero. Porque ser cangalha em inglês é bom demais. xD

Esse não é um post educativo, explicativo ou politicamente correto. Pelo contrário. Contei o lado ruim na parte do traditions e quis contar o lado putaria da coisa. Putaria essa que tem se tornado tanto quanto mais esparsa, devido a incompatibilidade de horários. Mas faz com que ela seja mais intensa quando acontece, o que é sempre bom demais.

Nas palavras do filósofo: porque boneco pequeno é Playmobil.

E depois eu conto alguma coisa mais útil. Ou algo estúpido como terem mudado meu schedule e eu ter batido no Epcot 5h25 da manhã pra saber que era meu day-off e voltar! ¬¬ Tipos, me odeio. eAHUEIh

Então, fica na putaria do busão.
- Campus do Pici desce! Ieeei!

18.12.08

booo-ring.

Devo dizer aqui que ainda tô puta da vida.

Antes do traditions a gente foi fazer a House ID (mais um crachá, esse pra pegar ônibus e entrar nos condomínios), essa coisa toda... Aí no dia de alguma coisa do seguro saúde que até agora eu não entendi o que é, porque a gente assina mil papéis e eles deviam fazer isso tudo de uma vez ao invés de passar uns 4 dias prendendo a gente sem a Disney ID, que é o nosso querido ingresso perpétuo pros parques e aos 50% de desconto em qualquer compra no Merchandising.

No dia do negócio de saúde é que eles dizem onde que a gente vai ser escravo trabalhar. Eu fiquei na área de Costuming do Talent do Epcot. Ou seja, eu faço a lavandeira de (quase) todos os performers de lá. Pra quem não sabe o Epcot é um parque representativo de vários países. É meu preferido e eu achei perfeito demais ficar lá. Até que:

A tia lá vira pra mim e me manda pintar o cabelo! Tipo, oi?!, tudo bem que tava com mechas e tal, mas ela teve a audácia de dizer que "sorry dear, but you can't have red hair naturally". Hello? Racism says hi!. Tomar no cu, sabe. Nego acha que brasileiro não pode ser ruivo. Liga pra minha mãe de mau humor e vê se não posso ser.

Mas, tive que pintar, né. Marcelo, a gente ainda consegue voltar ao que tava, isso é uma promessa. Mas pintei de vermelho mesmo. Escuro, tá parecendo tipo, ameixa. E nem a confiança. Aí que começaram as coisa mesmo...

Vamos começar pela parte ruim: As palestras pré-Traditions são uma das coisas mais chatas que eu já tive que assistir na vida. Contando com Direito Romano e aula da Roberta Manuela e discursos do vice-Diretor do meu colégio.

Aí veio o Traditions e eu percebi que elas vinham antes do Traditions só como prévia mesmo da chatice que ele é, porque eu poderia dar um tiro na cabeça pra adiantar a morte por tédio crônico. Negócio chato dos infernos. A parte boa é receber as tags e o Disney ID e se sentir importante usando um crachá. Só porque tem o Mickey nele não significa que seja um crachá.

Todos aqueles vídeos, aquela lavagem cerebral generalizada de sempre e cinco horas depois, sinto que superei meus limites.

E sim, a mulher AINDA encheu o saco do meu cabelo. Eu disse que não ia pintar manemqueavacatossisseecuspissebolinhasdesabão e que quando mês que vem ele voltasse pro vermelho por causa do Sol, eu NÃO ia pintar. Que se eles pagassem pra mim eu pensava a respeito, mas eu é que não ia pagar do meu bolso.

E aí?
Ela disse que tudo bem, que não precisava. ¬¬
É um abuso mesmo.

Eu acho que fiz alguma coisa depois do Traditions, mas não lembro. Todos os dias aqui são a mesma coisa e é preciso ver no calendário pra saber que hoje é quinta (e eu tinha certeza que era quarta). Opa, hoje é dia de paycheck, preciso chegar mais cedo no trabalho pra buscar o meu. Chegar lá pra mulher e dizer:

- Libera o paycheck aewww, suas gostosa!

Ai, eu deveria postar mais vezes, eu sei, mas é que, né, o tempo que eu passo aqui eu tenho other things in mind (=*), mas vou aproveitar esse tempinho pra deixar um post já no rascunho.

De certas maneiras eu já sinto falta de casa, mas de um modo geral, tô melhor que muita gente. Acho que me arrependeria se não tivesse vindo, mas ainda é muito pouco tempo pra dizer com certeza.

Meu endereço tá ali no cantinho pra quem quiser me mandar alguma coisa. Por favor, não Anthrax. Estou morando num país de gente preconceituosa, idiota e ignorante, que acha, entre outras coisas, que o Brasil é uma ilha, que não tem Estados e nem night clubs. Ah sim, e que se você é do Brasil, você deve conhecer aquele brasileiro que trabalha de sabe-Deus-o-quê-sabe-Deus-onde.

Beijoscomentem. XD

P.S.: Não tá mais tão frio, grazadeus. >.<

4.12.08

previosly in brazil.

Bom, como ja era de se esperar, nao postei muito antes de viajar. Acontece.

A viagem pro visto foi tranquila, apesar das 5hs na fila e de eu ter esquecido completamente que, tipo, a entrevista era em inglês. Aí eu chego lá com o atendente acontece assim:

- Boa tarde! :D
- Hi, good afternoon.
- PUTA MERDA! Esqueci que a entrevista era em inglês, foi mal, oh!
- ... O.o
- Ah... I mean... Sorry.

Bem assim. Juro.

Mas deu tudo certo, senhoras e senhores.

Aí começou a putaria de paga-taxa-pra-cá-paga-taxa-pra-lá, corre-atrás-de-passagem e arruma-tudo.

Falta documento, perde documento, acha documento, compra dólar, acompanha previsão do tempo e... PUTA MERDA! Hora de embarcar.

Milhões de cearenses no mesmo vôo, putaria generalizada, gente nova, gente antiga...
WOOHOO!, bate uma foto aí! XD, Bicha muda, Marriott e afins.

Dia seguinte, van e...

Vista Way, here we go.

E a história de "nããão, imagina... Flórida nem é tão frio... Leva só casaquinho leve, besteira."

Aí eu chego aqui e... Oi?! Meu cu, viu?! Anteontem deu 5oC. SUPER casaquinho leve, tá?

Mas tudo bem. Releva-se.

Woohoo! Tô no Patterson Court!

E o resto eu conto amanhã, que tô atrasada XD

13.10.08

pimp my mickey.

ou
"para começar: o carro".

Antes de decidir ir pra Disney, resolvi fazer uma lista de prós e contras. Fazer listas é uma das coisas que eu mais faço e faço melhor. É verdade, perguntem pra Renata, que foi quem reparou minha compulsão pra fazer lista de qualquer coisa. Repito, qualquer coisa.

Transtornos obsessivo-compulsivos a parte...

Fiz a lista do que eu perderia e do que eu ganharia indo pra lá. Além do óbvio de férias de Natal, que sempre são minhas preferidas, entraram coisas como dividir quarto com pessoa totalmente desconhecida e ter que, possivelmente, lavar louça.

Entenda que não tenho nada contra dividir tarefas e não sou tão madame assim, mas lavar louça é algo que eu não consigo. É um dos meus tantos T.O.C.s e me incomoda muito ser assim, mas...

Enfim, o texto não é sobre isso, é sobre um pró bem idiota, mas que me divertiu tanto pensar nisso que com certeza pesou um pouco.

Nos EUA, terei um carro.
Mas não um qualquer carro, nem um realmente bom. O negócio é ser bagaça, porque carro bom, meu querido pai (♥) já se garantiu demais me dando e eu olho pra ele todos os dias como se tivesse acabado de ganhar, é meu xodózinho e o nome dele é Tibúrcio. xD

(Divaguei, ok, voltemos.)

Eu não entendo de carros americanos, mas sempre quis um daqueles carros banheira, velhos e bregas. Sim, carro de cafetão. A minha idéia inicial é um vermelho, com lataria de madeira e interior de couro bege, mas é negociável. Ainda mais se o interior for de zebra. Ah, e tem que ser comprado num ferro-velho e custar, no máximo, 500 dólares.

Sim, eu quero um carro de cafetão, comprado num ferro-velho e o mais brega possível, além de barato, lógico.

Algo nesse estilo:

Get it on, Daisy!

Pois é. Aliciarei todos os characters e cast members e ganharei rios de dinheiro pelo suor do corpo alheio. Suba, dólar, que farei fortuna na "América".

E se alguém souber o nome desses tipos de carro, alguns modelos, aceito a dica, por favor. =D

Walt Disney usaria esse, certo.

E, pra terminar, o mais lindo de todos. Não é do jeito que eu quero, mas sonhar não tá pagando imposto, nem porcentagem de importação e não vão descontar do meu paycheck pago pelo camundongo mais rico do mundo.

omfg, goofy.

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